quarta-feira, 25 de junho de 2014

Homeschooling: dois contra-argumentos e um grave alerta




Por CAMILA HOCHMÜLLER ABADIE 

''Camila Hochmüller Abadie refuta duas objeções comuns à escolarização em casa (homeschoolling) e alerta aos pais sobre os riscos da nova “importação de professores” planejada pelo governo do PT: “não entreguem suas crianças a estes que, apesar de não destruírem literalmente com as vidas de nossos pequenos, podem e querem deformar-lhes a alma por completo”.
I
Um dos argumentos mais frequentemente defendidos por professores, psicólogos, pais e familiares contrários ao homeschooling não diz respeito à qualidade de ensino, mas ao “fato” de que as crianças precisam se socializar, precisam conviver com outras crianças, precisam aprender a se relacionar, a lidar com as diferenças, etc. E quanto mais as famílias encolhem, restringindo a prole a uma única criança, mais parece fazer sentido um tal argumento. No entanto, algumas coisas me fazem duvidar da boa-intenção por trás da socialização.
É importante ter amigos, é importante conviver com outras crianças, todavia a infância não é um fim em si mesmo. É, eu sei, os românticos de plantão acabam de desmaiar, mas a verdade é que, tão necessário quanto brincar é o aprender a ter responsabilidades. Passa-se a maior parte da vida na idade adulta e é para ela que a criança deve ser preparada. Mas como dar-se-á uma tal preparação se a criança convive majoritariamente com iguais, com outras crianças, e não com pessoas de diferentes faixas etárias? Quem dentre elas apontará o caminho para aquilo que devem vir a ser, se, ao redor de si, há apenas quem reforçe, seja por meio da diversão ou por meio da disputa e da inveja, aquilo que já se é? Repito, brincar é necessário, é bom, é saudável, mas não é tudo. A ênfase excessiva nos direitos gera adultos que não sabem lidar com deveres, como vemos cada vez mais todos os dias.
Além disso, a ideia de que a criança aprende a se relacionar no contato com outras crianças parece-me um tanto artificial. A criança não nasce de crianças nem entre elas, mas de adultos e entre eles, entre mãe e pai. É na relação com eles e na observação da relação entre eles que a criança aprenderá a relacionar-se. Se vem de um lar violento, a criança muito provavelmente será violenta com os demais. Se vem de um lar amoroso, muito provavelmente será amorosa. Se vem de um lar onde não recebe limites, não saberá conter-se e refrear-se, mas tentará sempre obter tudo o que lhe agrada. Claro, quanto maior for a família, tanto a nuclear quanto a ampla, melhor, pois maior será a diversidade de situações nas quais a criança aprenderá a conviver. No entanto, são a mãe e o pai aqueles que servirão de mestres e de estabelecedores do fundamento emocional para os relacionamentos que virão ao longo da vida, não os professores, colegas e amigos.
Outro argumento comum é aquele que fala sobre a necessária aprendizagem do convívio com os diferentes. Sim, mas pergunto: as pessoas, numa família, são todas iguais? Não possuem, cada uma, o seu temperamento, o seu jeito de lidar com as coisas, suas preferências, seus sonhos? Não é este o ambiente adequado para, debaixo do cuidado e supervisão dos pais, a criança aprender a lidar com as diferenças? Ou aprender a lidar com as diferenças é sinônimo de ser obrigado a permanecer no mesmo ambiente com quem, não raras vezes, é radicalmente diferente? Isso, para mim, assemelha-se mais a um presídio do que uma escola. Afirmar que a criança precisa da escola para se socializar soa-me tão natural quanto afirmar que um bebê necessita de uma cadeira para ser gestado. Socialização é um processo gradual que deve começar na família nuclear, expandir-se para a família ampla, para a igreja, para as famílias dos amigos dos pais e só mais tarde, quando a criança já não for mais criança, mas um jovem com convicções definidas e firmes, para a sociedade.
E já que falei em juventude e em convicções, relembro aqui, mais uma vez (e perdoem-me os leitores assíduos, pois devem estar cansados da constante referência), o Maquiavel Pedagogo. Na obra, o autor explicita a comprovada técnica na qual, quanto mais cedo as crianças forem afastadas do ambiente doméstico, mais suscetíveis tornam-se às mais diversas influências externas. Em outras palavras, crianças (e quanto mais novas forem, melhor) não possuem as capacidades cognitivas suficientemente desenvolvidas para compreender quando estão sendo manipuladas ou forçadas a algo que contraria frontalmente o modo como vive ou aquilo em que sua família acredita, nem possuem estrutura emocional para resistir à força da autoridade dos professores ou da pressão dos colegas. Ou seja, a um governo comprometido com a destruição das famílias e da instauração de um regime totalitário, nada melhor do que crianças que podem ir já aos 6 meses de vida para as creches estatais, ou, na “pior” das hipóteses, que irão obrigatoriamente aos 4 anos para a escola.
Aos pais é que cabe a decisão de quando e como as crianças devem participar de um convívio social mais amplo, não ao Estado. Socialização obrigatória não é socialização. É prisão.
II
Agora minha objeção volta-se contra o atual domínio de uma concepção hedonista na criação e educação de crianças.
Coisa mais fácil do mundo, em nossos dias, é fazer os pais se sentirem culpados quando as crianças são submetidas a alguma atividade tida como não-divertida. E a perda de critérios da bondosa gente que mete o bedelho onde não é chamada (que inclui desde a vizinha até o governo federal) é tamanha que não existem mais nuances: ou a criança está transbordando alegria ou está sofrendo terrível e irremediável opressão e maus-tratos psíquicos. Tudo o que a criança pode e deve fazer precisa obrigatoriamente ser divertido, caso contrário é abuso.
Agora, retomando algo que disse anteriormente, é a infância um fim em si mesma? Ou não seria um tempo especial de transição e preparação para a adultez? Claro, um tempo de maravilhamento, de espontaneidade, de curiosidade e de todas aquelas coisas lindas que são tão mais fáceis e tão mais belas nesses anos de estreia da vida. Mas, mesmo então, respeitando, admirando e cultivando momentos tão preciosos, não se pode perder a perspectiva: a vida, em geral, dura bem mais que estes anos iniciais, e não podemos entregar nossas crianças despreparadas para o que virá depois.
O que quero dizer com tudo isso pode ser resumido como o supra-sumo do politicamente incorreto em matéria de educação de crianças: precisamos trabalhar para que nossas crianças desenvolvam o senso de dever. Refiro-me, especificamente, à inclusão de atividades que se tornem parte da rotina da criança para além dos momentos de estudos e de brincadeiras, atividades estas que a ajudem a desenvolver os sentimentos de participação na família e de responsabilidade consigo e com os demais. Por exemplo: em se tratando de crianças bem pequenas, de dois aninhos, como o meu Benjamin, ensinar-lhe e, depois, solicitar que guarde seus brinquedos, que leve suas fraldinhas (só com xixi) até a lixeira, que recolha as mamadeiras e copos de suco é perfeitamente possível; já em se tratando de crianças maiores, como a minha Chloe, que está com sete anos, ensinar-lhe e cobrar-lhe coisas como arrumar a própria cama, pentear os próprios cabelos, recolher as próprias roupas e levá-las à máquina de lavar e secar a louça são muito tranquilas. Claro, não se deve cobrar algo que não foi suficientemente ensinado e treinado sob supervisão, nem exigir algo que esteja além das capacidades física, motora e psíquica da criança.
Também é essencial deixar sempre muito claro que tais atividades não são uma forma de castigo, mas, antes, uma parte importante da vida da criança e da vida da família; que nem sempre fazemos o que queremos, o que gostamos, o que é mais divertido, mas que precisamos fazer a nossa parte para ajudarmos uns aos outros, senão alguém acabará sobrecarregado; que quanto melhor e mais rapidamente fizermos as nossas tarefas, mais tempo teremos para as outras coisas; que precisamos aprender a fazer todas essas coisas para sermos adultos independentes e seguros, que sabem cuidar de si e de sua futura família muito bem.
A diversão como algo que a criança possa supor como pretensamente onipresente nada mais faz além de produzir uma escalada na busca de mais e mais diversão, custe o que custar, de modo que as singelas alegrias de sua vidinha deixam de ser valorizadas, abrindo cada vez mais espaço para o deserto do aborrecimento e da insatisfação eternos. A diversão como um fim em si mesma torna-se tão vazia e tediosa quanto qualquer outro vício, escravizando seus súditos, os quais sacrificam tudo o mais em seu altar, sempre crentes na promessa de que o passatempo seguinte trará a tão desejada felicidade. Em contraposição, a diversão como o presente há tempos desejado e finalmente merecido, como o evento especial, como a coroa de risadas e brincadeiras depois do trabalho e do esforço, como a conquista planejada, traz saúde à alma, renovo à disposição e ajuda a estabelecer a adequada proporção às coisas da vida. Eis aí a verdadeira “educação para a cidadania”. O resto é conversinha de comunista.

                (James Bartholomew em casa com sua filha)
III
Tirem já os seus filhos das escolas!
Acabei de tomar conhecimento, via G1, que o governo federal, além de importar médicos cubanos, já planeja a importação de, adivinhem, professores! Se restava a alguém alguma dúvida do caráter meramente ideológico de tais importações, agora já não há mais motivo para tê-la. Uma vez que todos os postos de controle na nação estão nas mãos dos esquerdopatas, é chegada a hora de disseminá-los em todas as esferas, alcançando, inclusive, nossas crianças, e na idade mais tenra possível.
Sob o pretexto de, mais uma vez, suprir a escassez de profissionais, especialmente nas áreas mais distantes do país, o governo federal pretende “melhorar” a educação pública mediante a colaboração cubana. O que todo mundo já sabe, tanto no caso dos médicos quanto no dos professores, é que não nos falta mão de obra, mas condições de trabalho e remuneração digna aos profissionais; e sobre isso o governo não abre a boca. Antes, prefere importar mão de obra de guerrilheiros e repassar o dinheiro por um tal “trabalho”, adivinhem de novo, ao governo cubano! Sim! Os “médicos” e “professores” virão fazer esse “excelente” trabalho de arregimentação e organização revolucionária e ficarão à mercê, sempre e de novo, de seus ditadores! É o Brasil ajudando Cuba a destruir o Brasil, às custas dos brasileiros e dos cubanos!
Sei que não contamos com materiais didáticos, amparo legal ou simpatia popular, mas não podemos entregar nossas crianças a um governo que não está de modo algum preocupado com educação, mas apenas com a manutenção, propagação e intensificação de sua agenda nociva, mentirosa e destruidora de tudo o que amamos em nome de sua própria perpetuação. Além disso, qualquer trabalho que amorosa e sinceramente desenvolvermos com nossas crianças será melhor para sua educação do que o que o governo pretende fazer – e, em certa medida, já tem feito. Já não somos tão poucas famílias homeschoolers no Brasil, já existe uma associação que defende e trabalha pelos nossos interesses junto ao governo, já existe uma rede de pessoas que trocam informações e que se ajudam mutuamente. E os resultados, adivinhem de novo, são muito melhores que os oferecidos pelas escolas!
Por favor, rezem, pesquisem, escrevam, mas, especialmente, não entreguem suas crianças a estes que, apesar de não destruírem literalmente com as vidas de nossos pequenos, podem e querem deformar-lhes a alma por completo. Não sejamos omissos, irresponsáveis, obedecendo antes aos homens do que a Deus, mas sejamos valentes como os pais de Moisés, como o próprio São José e a Virgem Maria! Eles arriscaram muito mais, sozinhos, e foram abençoados por Deus! Juntos e com a ajuda Dele podemos resistir e, mais que salvarmos os nossos filhos, podemos contribuir decisivamente para o salvamento do futuro do país!

Observações:
Dois leitores do meu blog levantaram a objeção de que a matéria do G1 não menciona a importação de professores para as salas de aulas brasileiras. Achei por bem ir atrás de mais indícios que sustentem a minha interpretação de que, apesar de não ser explicita, tal é a intenção do governo. E aqui vão eles:
Primeiro indício: Como disse ainda ontem, nos comentários, o Programa Mais Professores inspira-se no Programa Mais Médicos;
Segundo indício: Além disso, como também já havia dito, o Programa usa explicitamente a palavra “visitantes” em seu nome, mesmo que em sua versão provisória: “Programa Nacional de Professores Visitantes na Educação Básica – Mais Professores”;
Terceiro indício: Assim como o Programa Mais Médicos aparentemente pretendia ser voltado aos profissionais brasileiros, o Programa Mais Professores também o pretende. No entanto, a baixa remuneração oferecida e a falta de respaldo legal fez com que os médicos brasileiros não “suprissem a demanda”, de modo que o governo federal foi “forçado” a abrir-se aos estrangeiros;
Quarto indício: A Venezuela, por exemplo, como boa cobaia que é, vive os efeitos nefastos de um programa ao mesmo estilo, o chamado “Missão Ribas de Alfabetização”, totalmente baseado nas teorias de Paulo Freire, isto é, puro e simples emburrecimento, aliado à doutrinação ideológica esquerdista;
Quinto indício: Como a questão não é melhoria da qualidade de vida dos brasileiros, mas disseminação ostensiva de militantes entre as mais diversas esferas da sociedade civil, o governo já estuda também a importação de engenheiros para cá;
Sexto indício: Quando um esquerdista, refiro-me ao Mercadante, afirma, rindo, que não vai fazer
algo, o que se pode esperar senão exatamente o contrário? Ou alguém aí já esqueceu, por exemplo,
da promessa feita por Dilma de não legalizar o aborto e, no entanto, tão rápido quanto possível,
convidar uma abortista confessa, Eleonora Menicucci, para assumir como ministra da Secretaria
de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, sem contar a recente tentativa de
modificar a lei que trata da matéria? 
Deixo aqui alguns outros links que tratam dos Programas
Mais Médicos e Mais Engenheiros, para que se compreenda melhor a questão e seus
prováveis desdobramentos:
Por último, um breve exercício de imaginação:
Há uma porção de estranhas embalagens distribuídas ao longo de um perímetro. Em seguida, ao aproximar-se, você sente o cheiro de explosivos vindo delas. Algumas embalagens explodem, mas, por sorte, todas longe de você. Perguntas: É realmente necessário que esteja escrito TNT sobre cada embalagem para que você conclua que se tratam de explosivos? Você ficaria aguardando o pior ou advertiria em altos gritos as pessoas ao redor para que saíssem de perto o mais rápido possível?
FONTE: A MOÇA CATÓLICA.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Como rezar o terço ou Rosário de forma mais proveitosa




Método para rezar com fruto o santo rosário, segundo São Luis Maria Grignion de Montfort

O Rosário é formado por 150 Ave-Marias, o Terço por 50 Aves Marias.

1. Fazer o Sinal da Cruz:

Em nome do Pai, (+) do Filho e do Espírito Santo. Amém.


2. Fazer o Oferecimento do Terço:

Uno-me a todos os santos que estão no Céu, a todos os justos que estão sobre a Terra, a todas as almas fiéis que estão neste lugar. Uno-me a Vós, meu Jesus, para louvar dignamente Vossa Santa Mãe, e louvar-Vos a Vós, nela e por Ela. Renuncio a todas as distrações que me vierem durante este Rosário, que quero recitar com modéstia, atenção e devoção, como se fosse o último da minha vida.

Nós Vos oferecemos, Trindade Santíssima, este Credo, para honrar os mistérios todos de nossa Fé; este Pater (Pai Nosso) e estas três Ave-Marias, para honrar a unidade de vossa essência e a trindade de vossas pessoas. Pedimo-Vos uma fé viva, uma esperança firme e uma caridade ardente. Assim seja.

Pausa para meditar


3. Rezar o Credo, segurando a cruz do terço:


Creio em Deus Pai Todo-Poderoso,
criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho Nosso Senhor,
o qual foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem,
desceu aos infernos,
padeceu sob Pôncio Pilatus, foi crucificado, morto e sepultado, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos,
de onde há de vir a julgar os vivos e mortos.
subiu ao Céu, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, Creio no Espírito Santo. Na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados,
Dizer: Louvemos a Maria, Filha bem amada do Pai Eterno.
na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

4. Rezar 1 Pai Nosso, segurando a conta grande logo após a cruz:
Em seguida rezar 1 Ave Maria, segurando a conta pequena que se segue.
Em seguida rezar 1 Ave Maria, segurando a conta pequena que se segue.
Dizer: Louvemos a Maria, Mãe admirável de Deus Filho. Em seguida rezar 1 Ave Maria, segurando a conta pequena que se segue. Dizer: Esposa fidelíssima de Deus Espírito Santo. 5. Rezar 1 Glória ao Pai.
6. Em seguida, Ó Meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, principalmente as que mais precisarem.
Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos, Amém.
AO FINAL DE CADA DEZENA, ACRESCENTAR AS SEGUINTES JACULATÓRIAS:
Ó Maria concebida sem pecado/ Rogai por nós, que recorremos a Vós’;

‘Padre Eterno, pelas mãos imaculadas de Maria, eu Vos ofereço o Preciosíssimo Sangue de Vosso Filho. Ofereço-Vos, também, as lágrimas de Nossa Senhora, pela purificação da terra e conversão dos homens, pela fidelidade de Vossos escolhidos, pela vitória da Santa Igreja e triunfo do Imaculado Coração de Maria’
‘Doce Coração de Maria/ Sede a nossa salvação’: ‘Senhor, mostrai-nos a Vossa Face/ E seremos salvos Santa Terezinha do Menino Jesus/ Rogai por nós;
Mistérios Gozosos – Rezar às segundas e quintas-feiras  
Primeiro Mistério
Rezar 1 Glória ao Pai.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a vossa Encarnação no seio de Maria; e vos pedimos, por esse mistério, e por sua intercessão uma profunda humildade. Assim seja. Pausa para meditar. Rezar 1 Pai Nosso, segurando a conta maior que se segue. Rezar 10 Ave Marias, segurando as 10 contas menores que se seguem. Em seguida, Ó Meu Jesus. ** Proceder da mesma forma nos mistérios seguintes.
Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus.
Graças ao mistério da Encarnação, descei em nossas almas. Assim seja.
Segundo Mistério
Nos vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da visitação de vossa santa Mãe à sua prima santa Isabel e da santificação de São João Batista; e vos pedimos, por esse mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a caridade para com o nosso próximo. Assim seja. Pausa para meditar. Graças ao mistério da visitação, descei em nossas almas. Assim seja.
Terceiro Mistério
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra a vossa apresentação ao templo, e da purificação de Maria; e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão, uma grande pureza de corpo de alma. Assim seja.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra ao vosso nascimento no estábulo de Belém; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o desapego dos bens terrenos e ao amor a pobreza. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério do nascimento de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.


Quarto Mistério
Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério da purificação descei, descei em nossas almas. Assim seja. Quinto Mistério
Graças ao mistério da agonia de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra ao vosso reencontro por Maria; e vos pedimos, por este mistério; e por sua intercessão, a verdadeira sabedoria. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério do reencontro de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. =
Mistérios Dolorosos – Rezar às terças e sextas-feiras  

Sexto Mistério
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta sexta dezena, em honra a vossa agonia mortal no Jardim das Oliveiras; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição de nossos pecados. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus.

Sétimo Mistério
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta nona dezena, em honra do carregamento da Cruz; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a paciência em todas as nossas cruzes. Assim seja.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta sétima dezena, em honra a vossa sangrenta flagelação; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe santíssima, a mortificação de nossos sentidos. Assim seja. Pausa para meditar Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério da flagelação de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.

Oitavo Mistério
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta oitava dezena, em honra de vossa coroação de espinhos; e vos pedimos por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o desprezo do mundo. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério da coroação de espinhos, descei em nossas almas. Assim seja.
Nono Mistério
Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério do carregamento da cruz, descei em nossas almas. Assim seja.  


Décimo Mistério
Graças ao mistério da ressurreição, descei em nossas almas. Assim seja.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima dezena, em honra a vossa crucificação e morte ignominiosa sobre o calvário; e vos pedimos por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a conversão dos pecadores, a perseverança dos justos e o alívio das almas do purgatório. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério da crucificação de Jesus descei em nossas almas. Assim seja.

Mistérios Gloriosos – Rezar às quartas-feiras, sábados e domingos.

Décimo Primeiro Mistério
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta undécima dezena, em honra a vossa ressurreição gloriosa; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o amor a Deus e o fervor ao vosso serviço. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus.

Décimo Segundo Mistério
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta duodécima dezena, em honra a vossa triunfante ascensão; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, um ardente desejo do céu, nossa cara pátria. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus.
Graças aos mistérios da coroação gloriosa de Maria, descei em nossas almas. Assim seja.
Graças ao mistério da ascensão descei, em nossas almas. Assim seja.

Décimo Terceiro Mistério
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima terceira dezena, em honra do mistério de Pentecostes; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a descida do Espírito Santo em nossas almas. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério de Pentecostes, descei em nossas almas. Assim seja.

Décimo Quarto Mistério

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima quarta dezena, em honra da ressurreição e triunfal assunção de vossa Mãe ao céu; e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão, uma terna devoção a tão boa mãe. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus. Graças ao mistério da assunção descei em nossas almas. Assim seja.

Décimo Quinto Mistério
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus esta décima quinta dezena, em honra da coroação gloriosa de vossa Mãe Santíssima no céu; e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão, a perseverança na graça e a coroa da glória. Assim seja. Pausa para meditar. Pai Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó Meu Jesus.
Fazer o Agradecimento ao final do terço ou do santo rosário. Rezar 1 Salve Rainha. Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, Salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente ! ó piedosa ! ó doce sempre Virgem Maria! V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Rezar a Ladainha de Nossa Senhora.



Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos. Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós. Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós. Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós. Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. Santa Maria, rogai por nós. Santa Mãe de Deus, Santa Virgem das Virgens, Mãe de Jesus Cristo, Mãe da divina graça, Mãe puríssima, Mãe castíssima, Mãe imaculada, Mãe intacta, Mãe amável, Mãe admirável, Mãe do bom conselho, Mãe do Criador, Mãe do Salvador, Virgem prudentíssima, Virgem louvável,
V. Rogai por nós, Rainha do Sacratíssimo Rosário,
Virgem poderosa, Virgem clemente, Virgem fiel, Espelho de justiça, Sede de sabedoria, Causa da nossa alegria, Vaso espiritual, Vaso honorífico, Vaso insígne de devoção, Rosa mística, Torre de David, Torre de marfim, Casa de ouro, Arca da aliança, Porta do céu, Estrela da manhã, Saúde dos enfermos, Refúgio dos pecadores, Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos, Rainha dos anjos, Rainha dos patriarcas, Rainha dos profetas, Rainha dos apóstolos, Rainha dos mártires, Rainha dos confessores, Rainha das virgens, Rainha de todos os santos, Rainha concebida sem pecado original, Rainha elevada ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário, Rainha da paz, Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos. Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém. (no mês de outubro)


Eu vos saúdo, Maria, Filha bem-amada do eterno Pai, Mãe admirável do Filho, Esposa mui fiel do Espírito Santo, templo augusto da santíssima trindade; eu vos saúdo soberana Princesa, a quem tudo está submisso no céu e na terra; eu vos saúdo, seguro refúgio dos pecadores, nossa Senhora da Misericórdia, que jamais repeliste pessoa alguma. Pecador que sou, me prostro aos vossos pés, e vos peço de me obter de Jesus, vosso amado filho, a contrição e o perdão de todos os meus pecados, e a divina sabedoria. Eu me consagro todo a vós, com tudo o que possuo. Eu vos tomo, hoje, por minha Mãe e Senhora. Tratai-me, pois, como o ultimo de vossos filhos e o mais obediente de vossos escravos. Atendei, minha Princesa, atendei aos suspiros de um coração que seja amar-vos e servi-vos fielmente. Que ninguém diga que, entre todos que a vós recorreram, seja eu o primeiro desamparado. Ó minha esperança, Ó minha vida, Ó minha fiel e imaculada Virgem Maria defendei-me, nutri-me, escutai-me, instruí-me, salvai-me. Assim seja. Em Nome do Pai, (+) do Filho e do Espírito Santo. Amém.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Fazer a Saudação Final


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Novena irresistível ao Sagrado Coração de Jesus




Ó meu Jesus, que dissestes: "Em verdade vos digo, passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão!" Eis que, apoiado na infalibilidade das Vossas santas palavras, eu Vos peço a graça... Pai Nosso, Ave Maria e Glória. Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós! Oração: Oh Sagrado Coração de Jesus, a quem uma única coisa é impossível, isto é, a de não ter compaixão dos infelizes, tende piedade de nós, míseros pecadores, e concedei-nos as graças que Vos pedimos por intermédio do Coração Imaculado da Vossa e nossa terna Mãe. São José, Amigo do Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós. Salve Rainha... Coração de Jesus, confio em vós!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Virtudes e Tradições de uma Família Saudável

Por Mons. Henri Delassus

Traduzido por Andrea Patrícia


 Um pai exorta seu filho à virtude


Esse contrarrevolucionário autor do século XIX denunciou repetidamente as premissas da globalização e o início de um governo mundial. Ele insistiu que era o espírito da família no lar, na sociedade e no Estado, que poderia fornecer a maior resistência à conspiração anticristã.

Neste trecho de seu trabalho sobre a família, Mons. Delassus explica a importância das tradições da família em preservar os bons costumes da Civilização Católica. (TIA)
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A solução para evitar a introdução de leis contrárias à instituição da família, juntamente com uma ação pública vital, é imbuir as próprias crianças com tradições familiares. Então, desde que estas boas tradições perdurem, estes atos legislativos sempre encontrarão uma resistência saudável.

A tarefa de reviver as tradições nas famílias pode e deve ser o trabalho de cada família em seu próprio meio social. Pode-se esperar pela abolição de leis revolucionárias através de um grande movimento de opinião pública. Mas o que cada um pode fazer é reviver o espírito de família ao seu redor. Fazendo isso, ele vai fazer o maior bem possível para a sua própria família e, ao mesmo tempo, preparar-se para a renovação da sociedade.

É necessário que haja tradições que sustentem as leis, de modo que esta última tem a força que o assentimento do coração lhes provê. Da mesma forma, a formação da família é necessária para sustentar e manter as tradições, bem como fazer as leis voltarem aos princípios que geraram os costumes. Pois, sem os costumes as boas leis não são nada, e contra os costumes as leis não podem fazer nada.

Transmitindo tradições familiares

Hoje nós estamos testemunhando de maneira indiferente eventos que ultrajaram os povos mais bárbaros da antiguidade pagã. Nas escolas, onde as crianças costumavam ser ensinadas a conhecer, amar e glorificar a Deus, agora são formadas - por ação ou omissão - pessoas sem religião e sem moral.

Por que essa indiferença? Ela vem do fato de que as ideias claras e princípios bem estabelecidos já não existem nas mentes das pessoas. Eles foram substituídos por ideias vagas e flutuantes, incapazes de inflamar corações.




O avô deve incutir respeito pelos bons costumes e pela virtude em seus filhos e netos.


E por que as ideias em nossos dias oscilam? Porque ideias e princípios matriciais não foram impressos nas almas das crianças por seus pais, que receberam essas ideias de seus avós, que por sua vez foram imbuídos com estas verdades por seus antepassados. Em resumo, porque as famílias de hoje não têm mais tradição.

Já houve uma vez uma ideia generalizada, uma ideia quase religiosa, associada com a expressão tradições familiares, entendida no seu melhor sentido, que designou um patrimônio de verdades e virtudes, em cujo seio se formaram caracteres que forjaram a longa vida e a grandeza de uma casa.
Hoje, essa expressão não significa nada para as gerações mais jovens. Elas surgem num dia para desaparecer no outro, sem ter recebido ou deixado para trás aquele conjunto de memórias e afetos, princípios e costumes, que em tempos idos foram passados ​​de pais para filhos e que deram às famílias que eram fiéis a eles a possibilidade de ascensão na sociedade. Cada família que tem tradições geralmente lhes deve a um de seus antepassados, no qual o sentimento do bem era mais forte do que no homem comum e teve a sabedoria e a vontade de incutir isso na sua família.

Progresso Moral

"A verdade é um bem", diz Aristóteles. Uma família onde os homens virtuosos se sucedem é uma família de homens bons. Esta sucessão de virtudes ocorre quando a família volta a uma fonte boa e honesta, porque um bom princípio produz coisas semelhantes a si mesmo. Portanto, quando há um homem em uma família tão identificado com o bem que sua bondade se comunica a sua descendência por muitas gerações, a partir deste homem necessariamente deriva uma família virtuosa.

Qualquer homem que quer formar uma família virtuosa deve ser persuadido de que seu dever não se limita - como Rousseau pretende falsamente - a prover as necessidades físicas de seus filhos quando eles são jovens demais para proverem a si mesmos. Ele também deve dar-lhes uma formação intelectual, moral e religiosa.

Os animais têm forças e recursos para satisfazer as necessidades corporais de seus filhos, e isso é suficiente para eles. Mas a criança, um ser moral, tem muitas outras necessidades, e é por isso que Deus deu aos pais não apenas força, mas também a autoridade para educar a vontade de seus filhos e fazê-los entrar, permanecer e progredir no caminho do bem. Deus queria que a autoridade fosse permanente porque o progresso moral é o trabalho de uma vida inteira.

De acordo com os desígnios da Divina Providência, o progresso deve desenvolver e crescer com a idade, e, portanto, é necessário que a família humana não seja aniquilada em cada geração. Os laços familiares devem existir entre aqueles que já faleceram e aqueles que estão vivendo, tecendo juntos todos os descendentes de uma dinastia vigorosa.

(Henri Delassus, O espírito de família no lar, na sociedade e no Estado, Editora Civilização, Porto, 2000, p. 125-128.) 


segunda-feira, 9 de junho de 2014

A camisa usada pela mulher e o problema da calça



Uma leitora querida perguntou sobre o uso da camisa social feito pela mulher e sobre como algumas pessoas justificam o uso de calça para o sexo feminino a partir do uso da camisa social. Algo do tipo “se a camisa é roupa masculina e as mulheres usam, então a calça pode ser usada também”.
Então eu achei que seria bom escrever sobre o assunto. Aproveitei a resposta que dei a ela e complementei com mais informações para todos vocês.
Como eu já antes disse, sei que esse modelo de camisa – em geral – não é considerado muito feminino (quando se pensa em feminilidade como algo muito delicado, onde rendas e babadinhos seriam como que sua marca), mas é um tipo de roupa que pode ficar bem modesta e é uma boa alternativa às blusinhas imodestas que vemos por aí, usadas até mesmo em local de trabalho.
Como elas estão em alta, achei por bem fazer uma série de postagens dando ideias de como vesti-las de forma feminina e modesta, para aproveitar o que está no mercado ou o que você já tem em casa. É uma peça de roupa que geralmente fica decente, com suas mangas cobrindo o braço e botões protegendo o colo.
Mas agora vamos a um pouquinho de história.
MADAME SERIZIAT, POR JACQUES-LOUIS-DAVID 
EM 
1795 CHEMISE DRESS. REPARE NA MODELAGEM 
 BEM PARECIDA COM A CAMISA SOCIAL ATUAL.
Veja o que diz Nancy MacDonell, editora de moda, sobre a camisa: “A camisa branca moderna é uma adaptação da roupa de baixo masculina. (…) Até quase o final do século XVIII, as camisas dos homens não deviam aparecer, eram usadas como uma camada entre o corpo e o traje externo. As mulheres usavam um tipo de camisa feminina com a mesma intenção. O que importava era que essa roupa pudesse ser lavada com mais facilidade e freqüência - relativamente falando – do que um vestido ou casaco, que, no caso das classes ricas, muitas vezes não podiam de modo algum passar por uma limpeza, devido à profusão de bordados e outros ornamentos. Uma camisa branca simples podia aparecer sob o decote de um vestido, mas era considerada, realmente, roupa de baixo. (…) Como os vestidos eram confeccionados como peça única, não foi senão depois que o tailleur se tornou popular, nos anos 1880, que a blusa de feitio e confecção semelhantes aos de uma camisa – como as camisas femininas eram então conhecidas – tornou-se necessária.”
DESENHO DE 1906. ESSAS SÃO AS CHAMADAS
 “SHIRTWAIST”: CONSTRUÍDAS COMO CAMISAS
 MASCULINAS, PRESAS À CINTURA COM SAIAS.
 SÃO PEÇAS QUE HOJE ALGUMAS VEZES NÓS
 CHAMAMOS DE BLUSAS.

No final do século XIX, a camisa colegial feminina já era bastante parecida com a camisa social de hoje: sem enfeites “eduardianos” (rendas, bordados, nervuras, tudo em muita quantidade). Já em 1910 o uso de tais enfeites passou a ser considerado fora de moda, antiquado. O corre-corre cotidiano pedia roupas mais simples e fáceis de tratar.
No começo do século XX essa camisa branca e de algodão, a chemise, era usada por muitas mulheres norte-americanas, por causa da facilidade em mantê-las, pois eram mais fáceis de lavar do que as de seda e outros materiais que os estilistas da época adoravam usar nas coleções femininas. Nessa época, várias mulheres estavam no mercado de trabalho (recepcionistas, telefonistas, entre outras trabalhadoras de escritório), e a camisa de colarinho branco, de uso geral, apresentava pequenas diferenças do modelo masculino (babadinhos e aplicações). Sempre usadas com saias, compunham um visual uniforme, sóbrio, adequado para a vida profissional nas cidades grandes.
O colarinho branco era usado no início apenas pelas classes mais altas. Os operários usavam camisas azuis. “No século XIX, quando não havia desodorantes nem lavagem a seco, e lavar roupa era muito mais trabalhoso do que encher uma máquina e se lembrar de adicionar um amaciante de tecidos, as damas e os cavalheiros eram afamados por suas roupas brancas e limpas. Ao contrário dos de classe operária, eles podiam se permitir roupas e camisas limpas todos os dias – o que era uma das marcas da posição social que ocupavam. Mesmo hoje nos referimos a empregos ocupados por colarinhos-brancos e por “colarinhos azuis” (aqueles trabalhadores que estão diretamente ligados à produção): os primeiros sugerem um trabalho feito em mesas, em escritórios bem ventilados; os últimos, algo que tem a ver com trabalho manual e suor. O ardil, explica Alison Lurie em The language of Clothes, é o seguinte: “A camisa branca ou de cor clara que se suja com facilidade e que significa uma libertação do trabalho manual, deixa quem a usa constantemente arriscado a se atrapalhar com punhos ou colarinho encardidos”. Portanto, embora usar branco seja um privilégio, também representa uma responsabilidade.” (Nancy MacDonell)
UM DOS TIPOS DE CAMISA BRANCA USADA NA 
DÉCADA
 DE 1920: ESPORTIVA, ESSE TIPO DE ROUPA ERA 
PARA
 USO INFORMAL.

Na década de 1920 a camisa clássica era nada mais nada menos que a blusa de marinheiro, bem folgada, presa ao quadris, e era uma adaptação da roupa infantil (coisa curiosa que aconteceu muito naquela época). Era usada para a prática de esportes, para atividades informais.
Ainda no início do século XX, Coco Chanel pegou uma camisa do armário masculino e passou a usá-la, mas não se tornou moda popular. Nancy MacDonell diz que Chanel enxergou o atrativo das camisas usadas pelas colegiais – simples – e que foi exatamente isso que a atraiu. Não duvido, pois Chanel simplificou enormemente o guardar-roupa feminino, por exemplo, deixando de usar os espartilhos, que na realidade só poderiam ser usados mesmo, em todo o seu esplendor, pelas mulheres ricas, já que essa peça tolhia os movimentos e demorava a ser vestida. Ainda segundo Nancy, Chanel “estava longe do ideal de beleza de belle époque, por ser magra e morena, em vez de roliça e rosada, e os estilos “bolo de noiva” da época não lhe assentavam bem. Chanel percebeu que ficava melhor com roupas simples, inspiradas no guarda-roupa masculino, e era inteligente o suficiente para explorar sua descoberta”. Com a escassez de produtos por causa da guerra, a simplicidade tornou-se norma, e as roupas perderam os enfeites, tornando-se mais sóbrias, coisa que já se via no guarda-roupa de Chanel. Hoje, muito do que ela criou é visto como elegante e clássico. Não tenho como discordar, pois ela realmente criou peças belas e simples, mais apropriadas para um mundo onde a agilidade e a praticidade estavam sendo mais e mais cobradas. Mas, infelizmente, ela não parou na inspiração e foi mais além, pegando do armário masculino a calça!
Depois dessa época, a camisa branca vai causar mais impacto na moda já nos anos de 1940. As moças pegavam as camisas que seus pais não queriam mais e usavam com seus jeans, mas sempre para trabalhos em casa. Para usar a camisa em outras atividades ela precisava ser muito bem arrumada, passada e engomada.
Nos anos 50 a camisa feminina mais chique era a Bettina, de Givenchy, lançada em sua primeira coleção, em 1952. Com seus babados nas mangas, era bem complicada de tratar, e somente mulheres ricas poderiam tê-la – seja por causa do preço, seja por que teriam que ter quem passasse a ferro.
CAMISA BETTINA, DE GIVENCHY 

Foi nessa década que a atriz Audrey Hepburn fez uso desta peça e lançou moda mundo afora, de verdade. Daí por diante ela foi mais e mais incorporada ao vestuário feminino.
Chanel e Hepburn pegaram camisas que realmente eram usadas por homens, dos armários deles, mas isso não quer dizer que as mulheres antes não usassem camisas também. A diferença é que as camisas usadas por elas, as que se tornaram parte do uniforme profissional urbano, foram as masculinas: bem grandes (folgadas), com colarinho pontudo, botões do pescoço até embaixo, punhos com botões – a famosa camisa social. As camisas femininas não eram tão retas e “secas” quanto as masculinas, nem eram tão largas. Hoje temos peças mais ajustadas, e modelos desde os mais retos (mais práticos e mais “masculinos”*) até os mais enfeitados, com babadinhos, brilhos, flores e outras delicadezas, uma volta aos modelos da Era Eduardiana.
AUDREY HEPBURN E SUAS CAMISAS

Isso já tinha acontecido antes na história, quando, por exemplo, as mulheres passaram a usar túnica, roupa originalmente masculina. Vide também as camisas com golas ruffle (Séc. XVI e XVII) e de babados, que eram usadas pelos homens, mas que logo foram incorporadas ao vestuário feminino. As camisas sociais de hoje descendem dessas camisas com golas ruffle. Algumas das batas usadas hoje pelas mulheres descendem das camisas chamadas “Garibaldi”, inspiradas no revolucionário italiano. Veja aqui o modelo delas. Elas entraram no guarda-roupa feminino no final do século XIX.
GOLA RUFFLE: USADA POR HOMENS E 
MULHERES E PRECURSORA DA CAMISA SOCIAL

Mas com todas as brincadeiras e trocas entre os armários feminino e masculino, sempre se respeitou o limite. O uso da calça pela mulher foi o rompimento desse limite entre os vestuários de ambos os sexos. Há roupas que são essencialmente femininas, como o vestido, por exemplo. E há roupas que são essencialmente masculinas como a calça.
A diferença entre usar uma camisa menos feminina (porque existem as mais femininas também, com babados e rendas, que um dia foram usadas também por homens) e usar uma calça não está somente no fato de homens usarem tais peças, mas em três coisas:
1- o costume criado pela Civilização Cristã;
2- a função da roupa;
3- o pudor ou a modéstia.
1- devemos respeitar os costumes cristãos. Em nossa cultura (enquanto se buscava respeitar as Leis de Deus) a mulher nunca usou calça, embora outras roupas masculinas e femininas se assemelhassem, como as camisas usadas por dentro de vestidos (mulheres) ou por baixo de jaquetas (homens).
2- a função da calça é dar liberdade de movimento às pernas para a execução de trabalhos pesados e exteriores à casa. Tal função, na sociedade cristã, é masculina. A mulher deve cuidar do lar e de funções que não exijam demasiado esforço físico.
3- por mais que uma calça seja folgada, ela sempre vai revelar as formas femininas, ou se for tão folgada que não as revele muito, a tendência é que seja ridícula como as calças de palhaço (ou as horrendas calças saruel). Sempre que uma mulher quer ficar elegante conforme o mundo, busca usar calças ajustadas, e isso revela o corpo, evidenciando as formas. O corpo feminino possui mais curvas, é mais acentuado que o masculino e por isso vai chamar mais atenção. Mesmo calças folgadas marcam, pois as pessoas se movimentam, abaixam e levantam, curvam-se, e tudo isso vai revelando as formas (já cansei de ver esse tipo de coisa acontecer, e os homens repararem no bumbum das mulheres curvadas em calças sociais). Quanto ao homem, basta observar na prática como é diferente, pois o corpo masculino não se revela facilmente, eles não costumam usar calças justas e mesmo as folgadas não atraem a atenção feminina ou masculina para as formas deles, para sua intimidade, do modo como ocorrem com o sexo oposto.
CAMISA COM BABADOS

Agora, achar que usar uma camisa social é o mesmo que usar calça, é realmente forçar a barra! Veja se um visual desse é masculino ou indecente (embora esse V não seja a gola mais adequada à modéstia):
E este visual logo abaixo, é masculino ou indecente?
Agora, por mais que se queira usar uma calça coloridinha, com detalhes delicados ou mesmo folgadinha, sempre ficará imodesta, pois vai revelar as formas de um jeito ou de outro, vai expor mais a mulher, ou então ficará simplesmente muito feio.
Infelizmente me vi na obrigação de colocar essas imagens, abaixo, de mulheres usando calças para que as pessoas consigam enxergar como são reveladoras essas peças. Nunca posto fotos imodestas aqui, mas dessa vez não teve jeito! Já estou cansada de ver gente defendendo o uso da calça sem conseguir enxergar o quanto são impróprias para as mulheres.Veja como uma imagem mostra a verdade algumas vezes:
Bumbum destacado: a calça mostrada na imagem acima é do tipo social, folgada e ainda assim fica evidenciado o bumbum da mulher.
Chama a atenção para a virilha: outra calça social, dessa vez menos folgada, mas ainda assim não é justa. Repare em como a atenção se desloca para a virilha. Isso acontece por causa do V invertido, uma seta que se forma apontando para o meio das pernas.
Agora veja nessa imagem a diferença nas silhuetas das mulheres:
Na imagem acima as silhuetas mostram claramente a diferença entre calça e saia modesta. Vejam novamente o V invertido, a seta apontando para a virilha. Tal peça revela bastante as formas. Veja que já dá para saber, por exemplo, qual o tamanho das coxas dela… o ventre – região da geração da vida, do mistério feminino – fica evidenciado. O quadril se destaca, a postura fica até mais solta, menos discreta…nada modesto!
E vejam só como no caso das calças jeans – as mais usadas hoje em dia – a coisa fica ainda pior, pois o “corte da calça, que acentua quadris e coxas, e acondiciona, sensualmente, a entreperna, separada por dois bolsos em forma de J.” E ainda “outro traço definidor da nova onda do jeans é a sua sensualidade marcadamente feminina. O jeans [aqui ela fala da calça] é uma peça de roupa essencialmente masculina”. (Nancy MacDonell. Os grifos são meus). Se a calça já sensualiza bastante o corpo feminino, a jeans (principalmente como usada hoje, bem justa) acentua essa sensualidade. Isso é fato reconhecido no mundinho fashion, e celebrado na publicidade! Quem aí não se lembra das famosas campanhas da Calvin Klein onde celebridades como Brooke Shields apareciam usando somente o jeans, enfatizando o lado sensual dessa peça? Enfatizar a sensualidade é algo que aumente a pureza? É algo que faça a pessoa ser vista como um ser humano, ou é algo que faz a pessoa ser vista como um pedaço de carne? Enfatizar a sensualidade é algo cristão? É modesto?
Calça jeans estampada: esse modelo justo ainda não é o modelo das calças de funkeira que são extremamente justos, grudados ao corpo, e considerado vulgar por quem usa o tipo de calça jeans da moda, mostrada na foto acima. O que as mulheres que usam tal calça não percebem é que a diferença dessa para a da funkeira é mínima, pois o corpo está todo marcado, as formas todas estão em evidência. Nem adianta colocar florzinhas para dizer que é algo feminino, pois o que se sobressai é a sensualidade das formas evidenciadas.
Depois de ver essas imagens acima, dá para dizer que a mulher usar calça é modesto? A calça resguarda o mistério feminino? Resguarda as formas? Guarda o recato? Pelas imagens acima percebe-se claramente que não. Até a postura da mulher muda quando ela usa calça.
Ao fazer esse post lembrei de um trecho do livro de Colleen Hammond –Dressing With Dignity – onde ela fala sobre como a calça na mulher chama a atenção do homem de forma indevida:
“Tenho recebido cartas e e-mails de homens que leram a primeira edição do livro e queriam que eu dissesse às mulheres que eles não precisam do estudo de marketing para dizer-lhes o que já sabiam: Quando uma mulher está vestindo calças, os olhos do homem vão (o que os deixa muito embaraçados) cair na virilha da mulher. Esses homens também apontaram que é algo que acontece sem que eles tenham vontade de fazê-lo, ou sem que eles percebam. É a natureza dos homens “olhar”… e eles fazem! A propósito, você vai perceber que, nos anúncios, as modelos usando calça sentam-se com as pernas afastadas. Isso não está sendo feito por acaso.” (Os grifos são meus)
Sempre houve uma tolerância maior quanto às roupas usadas pelos homens, vide as saias mais curtas dos soldados romanos ou as calças coladas dos soldados medievais e pós-medievais (ridículas, por sinal, pareciam as leggings de hoje), pois o corpo masculino não causa nas mulheres as mesmas reações que causa nos homens o corpo feminino, embora isso não seja desculpa para que os homens faltem com o pudor, claro. Estou apenas descrevendo fatos da história.
Por mais que as roupas masculinas fossem em algum momento reveladoras, as das mulheres (excetuando-se as prostitutas, obviamente) sempre ajudavam a guardar o recato, eram sempre modestas (com pouquíssimas exceções, mas estas se deram já no declínio da nossa cultura, do fim da Idade Média em diante). E quando a calça foi adicionada ao vestuário ocidental, foi para os homens e nunca para as mulheres. O uso dessa peça somente passou a ser feito a partir de ideias revolucionárias de gente que era contrária a Igreja e ao Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas por mais que mulheres usem tais peças, são essas ainda reconhecidas como roupa masculina e são realmente algo que condiz com o sexo masculino, não com o feminino, pois tende mesmo a revelar as formas e a matar o mistério da mulher, como eu já comentei neste artigo aqui.
A calça é vista como um símbolo fálico, devido ao seu corte e à sua verticalidade, e entre fashionistas discute-se (ou até acredita-se) que a apropriação dessa peça pelo público feminino nada mais é do que uma maneira de apropriar-se do falo, ou seja, do poder masculino (para que o artigo não se alongue demais, farei as citações referentes a esse assunto em outra postagem). Como sabemos que a roupa simboliza valores, e que os símbolos possuem muita importância (principalmente nós católicos deveríamos estar cientes disso!), não creio que seja algo a ser desprezado o fato de a calça ter essa conotação fálica, e de como isso é interpretado como símbolo de poder masculino.
É para pensar: por que a mulher de hoje quer tanto esse tipo de poder? por que o mundo masculino tornou-se tão atraente para as mulheres? Isso é algo natural/divino ou foi artificialmente criado para tirar as mulheres de seu foco: a maternidade e a família? Mas esse tipo de reflexão pode ficar para outra hora.
Agora veja: a camisa social muito parecida com a do vestuário masculino* que hoje é usada pelas mulheres, principalmente em escritórios, é uma peça que desfavoreça o pudor, o recato? Ela faz com que a mulher seja confundida com o homem? Se usada com saia faz com que a mulher pareça um homem? Claro que não. O mesmo não acontece com o uso da calça, pois mesmo que a mulher use uma blusa bastante feminina, não ficará feminina realmente, e ficará imodesta ou ridícula (no caso de usar aquelas calças folgadíssimas mencionadas anteriormente). O vestido é algo tão feminino que quando uma mulher quer “arrasar” numa festa chique ou importante – como uma formatura ou casamento – ela escolhe usar esta peça, nunca uma calça!
CAROLINA HERRERA: UMA DAS ESTILISTAS MAIS
 FAMOSAS DA NOSSA ÉPOCA, USA MUITO A 
CAMISA
, PRINCIPALMENTE A BRANCA. AQUI, ELA 
APARECE
 BEM FEMININA, COM UMA SAIA ULTRA LONGA – 
MAS
 O DECOTE ESTÁ BAIXO DEMAIS.
Então vemos que a camisa é uma peça que passou por muitas variações e, apesar de inicialmente ter sido inspirada na roupa masculina ou tirada do vestuário masculino, pode ser usada pelas mulheres mantendo um visual recatado, elegante e contemporâ pois não fere a modéstia. E como já disseram bons sacerdotes e bisposneo,, como D. Antônio de Castro-Mayer,  a calça não é apropriada ao sexo feminino e a saia (ou vestido) é a peça que convém à mulher.
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Algumas fontes:
  • Coleen Hammond. Dressing With Dignity.
  • Shari Benstock e Suzanne Ferris. Por dentro da moda. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.
  • Nancy MacDonell. O Pretinho Básico. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2004
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