sexta-feira, 13 de maio de 2016

A história de Nossa Senhora do Carmo


Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando se um grupo de eremitas começou a se formar no monte Carmelo, na Palestina, terra Santa, iniciando um estilo de vida simples e pobre, ao lado da fonte de Elias, que se estendeu ao mundo todo.
A palavra Carmo, corresponde ao monte do Carmo ou monte Carmelo, em Israel, onde o profeta Elias se refugiou. A palavra carmo ou carmelo significa jardim.

História de Nossa Senhora do Carmo e os carmelitas

A ordem dos carmelitas venera com carinho o profeta Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de carmelitas. Lá, esse grupo de eremitas construiu uma pequena capela dedicada a Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.
Posteriormente os carmelitas foram obrigados a ir para a Europa fugindo da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem do Carmelo.

Devoção a Nossa Senhora do Carmo

Com a expulsão dos carmelitas de Israel, a devoção a Nossa Senhora do Carmo começou a se espalhar por toda a Europa. Também foi levada para a América Latina, logo no começo de sua colonização, passando a ser conhecida em todos os lugares. E não somente no Carmelo. Foram construídas várias igrejas, capelas e até catedrais dedicadas a Senhora do Carmo.

Aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão

São Simão era um dos mais piedosos carmelitas que vivia na Inglaterra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser eliminada da face da terra, ele sofria muito e pedia socorro a Nossa Senhora do Carmo.
Sua oração, que os carmelitas usam até hoje, foi a seguinte: Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.
Então Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão, entregou-lhe o Escapulário e lhe disse: Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal  da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno. A partir desse milagre, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.

Milagre de Nossa Senhora do Carmo

A partir da aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão, a Ordem do Carmelo começou a florescer na Europa e em vários lugares do mundo, permanecendo firme até os dias de hoje.

O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, tradição do Carmelo

A palavra escapulário, vem do latim, escápula, que significa  armadura, proteção. O escapulário é uma forma de devoção a Maria Santíssima. O uso do escapulário é um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. A pessoa que o usa, é coberta com a proteção e as graças da Virgem Do Carmo.

Oração a Nossa Senhora do Carmo

Senhora do Carmo, Rainha dos anjos, canal das mais ternas mercês de Deus para com os homens. Refúgio e advogada dos pecadores, com confiança eu me prostro diante de vós, suplicando-vos que obtenhais a graça que necessito, ( pede-se a graça). Em reconhecimento, solenemente prometo recorrer a vós em todas as minhas dificuldades, sofrimentos e tentações, e farei de tudo que ao meu alcance estiver, a fim de induzir outros a amar-vos, reverenciar-vos e invocar-vos em todas as suas necessidades.
Agradeço as inúmeras bênçãos que tenho recebido de vossa  mercê e poderosa intercessão.
Continuai a ser meu escudo nos perigos, minha guia na vida e minha consolação na hora da morte. Amém. Nossa Senhora do Carmo, advogado dos pecadores mais abandonados, rogai pela alma do pecador mais abandonado do mundo. Ó Senhora, rogai por nós que recorremos a vós.
Fonte: Cruz Terra Santa.

domingo, 8 de maio de 2016

Mês de Maio: mês consagrado a Maria Santíssima


"Por Melissa Bergonso

Na Igreja Católica existem dois meses que são mais particularmente consagrados a honrar Maria Santíssima: 1) o mês de Maio e 2) o mês de Outubro, ou também chamado o mês do Rosário.
No mês de maio, era costume se fazer os exercícios do Mês de Maria, à tarde ou à noitinha. O “Curso Médio de Catecismo Mariano”[1] explica o seguinte:
É de tradição oferecer-se à Santíssima Virgem, no mês de maio, homenagens particulares em cerimônias públicas. Tais exercícios, que propriamente não têm forma litúrgica, fazem-se nas famílias, comunidades, escolas, paróquias. Compõem-se, as mais das vezes, de uma leitura ou de um sermão sobre Nossa Senhora, de orações e de cânticos diante de um quadro ou de uma imagem de Maria, ornada de flores e de luzes. Este uso data do século XVII e acredita-se que começou na Itália, no colégio dos jesuítas de Roma. Com rapidez assombrosa espalhou-se pelo mundo inteiro; por toda parte, as almas devotas a Maria Santíssima sentiram-se felizes em prestar-lhe publicamente suas homenagens. Tem por fim: 1º. consagrar à Santíssima Virgem o ano inteiro oferecendo-lhe a parte mais linda e 2º. obter sua especial proteção para nossos anos à medida que vão passando.
Como podemos fazer nossas homenagens em família, o primeiro passo seria montar um altarzinho para Nossa Senhora em um local nobre da casa e orná-lo com flores ou com algum enfeite especial. Para quem já tem um altarzinho de Nossa Senhora em casa, pode decorá-lo. Para quem tem crianças, aproveite para colocá-las para ajudar a enfeitar o altarzinho. Isto vai incentivar seu afeto e sua devoção à Virgem Imaculada.


O segundo passo seria destinar um horário do dia para fazer as orações/leituras/meditações em comum. Neste post eu já tinha dado algumas sugestões de orações e leituras para serem feitas no mês de maio, mas seguem abaixo mais algumas.
No que tange à oração, eu não poderia deixar de recomendar a do Terço ou do Santo Rosário em família. Nossa Senhora mesma disse ao Beato Alano de la Roche“depois do Santo Sacrifício da Missa, não há nada na Igreja que eu amo mais que o Rosário”. Então, não há dúvidas de que o Rosário deve fazer parte da rotina diária de orações da família cristã, e isto não só para o mês de maio como para toda a vida!
Com relação a leituras espirituais, indico dois livros de D. Ildefonso Rodriguez Villar que são MUITO bons: “Pontos de Meditação sobre a Vida de Nossa Senhora” e “Pontos de Meditação sobre as Virtudes de Nossa Senhora”. Esses são dois volumes, que você pode adquirir no site Cultor de Livros. Outro livro ótimo também é o “Meditações sobre os principais mistérios da Virgem Santíssima Senhora Nossa”, do Pe. Manuel Bernardes, que você pode adquirir no site da Editora Pinus.
Como material de estudo, indico o livro “Instruções Marianas”, do Pe. Gabriel Roschini. Este livro só é encontrado, por enquanto, em sebos virtuais, pois o livro é bem antigo, mas se você conseguir encontrá-lo, é um investimento que vale a pena! Não pense duas vezes!
Você pode dividir as leituras, lendo a cada dia um capítulo ou uma meditação. Eu tive a experiência de uns anos atrás ler, a cada dia, um capítulo do livro do Pe. Roschini; outro ano foi com as meditações sobre a Santíssima Virgem. Foi maravilhoso. A cada leitura, a cada meditação, nosso coração vai inflamando de amor por Nossa Senhora. Nós só amamos o que ou quem conhecemos, então não há outro modo de amar mais a Santíssima Virgem Maria senão conhecendo-A melhor a cada dia!."

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Aos que sofrem

"Eu estou com ele na sua tribulação, dela o livrarei e glorificarei."
                                          (Ps. XL, 15). 

Jesus Cristo. - Porque estás triste, filha Minha? O que é que te atormenta? 

A alma. - Senhor, é que eu não posso mais. Sofro horrivelmente; é muito pesada a cruz que levo sobre os ombros; sobrecarrega-me; e eu quisera, se possível fosse, livrar-me dela. Choro incessantemente; aflijo-me; em vão procuro quem me console; o meu único alívio é queixar-me, soluçar, e dar livre curso às minhas lágrimas. Quão mal sabem consolar os tristes aqueles que estão alegres! As suas palavras ainda me irritam mais. Se eles sofressem como eu sofro, outra seria a sua linguagem. 

Jesus Cristo. - Desabafa, à vontade, o teu coração angustiado. Não Me ofendem as tuas lágrimas, nem as tuas queixas amorosas; pois, fui Eu que te fiz sensível às penas e a dor, às contrariedades e à cruz; ouve-Me, porém, com atenção, Eu amo-te verdadeiramente; desejo fazer-te feliz, e sei consolar-te porque conheço, por experiência própria, o que é uma dor acerba e uma cruz pesada. 


I. Eu estou contigo na tribulação. Eu bem podia tirar-te de sobre os ombros essa cruz que te sobrecarrega, como também podia ter evitado que ela te caísse sobre eles. Mas de quem te queixas tu? Quem julgas que te fabricou essa cruz, que assim te oprime? Pensas que foram os homens ignorantes ou maus. Pensas acaso que foram os elementos? 

Ergue-te, e olha um pouco mais acima. Quem te deu essa cruz fui Eu mesmo; fui Eu que permiti que te impusessem. Mas, muito antes de impô-la, pesei-a: e até toquei-a na Minha, para santificá-la. Não me faças a injúria de a achares pesada de mais; pois nisso Me acusarias de injusto ou de ignorante. É pesada, bem o sei, difícil de levar e aflitiva; mas não por demais. 

Ao cometeres o pecado abandonaste-Me para procurares um gozo ilícito nas criaturas; quero Eu, pois, que esse deleite o pagues tu agora com este tormento. Mais insuportável é o inferno, que mereceste por cada pecado teu. Parecia-te o mundo digno do teu amor; estavas muito aferrada às criaturas; e Eu quero desapegar-te delas, fazendo-te ver quanto elas são vãs, enganosas e custáveis, e quanta é a amargura que o seu trato deixa sempre no coração. 

A muitos tem a perseguição dado a coroa de mártires; a cada passo a prosperidade leva não poucos a serem viciosos.

Quantos pecados, em tuas tribulações, não tens tu deixado cometer, por não teres à disposição tantos meios nem ocasião de pecar? É assim que, vendo-te aflita, te desgostas do mundo e de ti mesmo; purifica-te mais e lembra-te do céu; e recorres a Mim por única consolação.

O caminho mais curto, e o mais seguro, para chegar ao céu - é o caminho da cruz. Anima o covarde, humilha o soberbo, purifica o penitente, ilumina o cego e coroa o justo. 

Não satisfeito com ter sido Eu próprio que te pus essa cruz aos ombros, tendo-lhe, primeiro, tomado o peso, Eu estou ao teu lado para te ajudar a levá-la, embora teus olhos não logrem descobrir-Me. Não durmo, filha Minha; não Me esqueço de ti nem te abandono, mas quero que, da tua parte, faças alguma coisa: quero que recorras à Minha proteção, e que te convenças de que nada podes sem o auxilio da Minha divina graça.  Foi por esse caminho que levei os Meus santos; por esse caminho foi a Minha Mãe Santíssima; foi por ele que Eu mesmo dirigi também os Meus passos. 

A alma. - Perdoai-me, Senhor, se a força da dor me faz perder o tino, e me leva a dizer que Vós não estivestes na cruz senão três horas, e que o meu padecimento dura já há muitos anos.

Jesus Cristo. - Minha filha, é verdade que eu não estive senão três horas pregado sobre a cruz; mas desde o primeiro instante da Minha vida, Eu tive-a cravada no coração. Acaso só a sua representação não me fez suar sangue no horto? Pois isso mesmo que Eu então quis mostrar no exterior para o teu aproveitamento, passava-se a cada instante no íntimo da minha alma. Toda a minha vida foi um martírio nunca interrompido. 

Os meus servos, sabendo isto, animavam-se a padecer por Meu amor. 

“Senhor, dizia-Me o venerável João de Ávila, mais dor e mais paciência. Seja ainda a dor maior, contanto que o amor também aumente; que eu me deleite em padecer por Vós.” 

A minha amorosa esposa Teresa tambem exclamava assim: “Ou padecer, ou morrer.” 
Madalena de Pazzi acrescentava: "Padecer e não morrer."

Perguntando Eu, um dia, ao meu servo João da Cruz que recompensa queria ele pelas penas sofridas em Meu serviço, respondeu-Me: "Quero padecer, Senhor, e ser desprezado por amor de Vós."

O meu servo Agostinho julgava ver, no pé da Minha Cruz, escritas estas palavras: Solução de todas as dúvidas. 

Não queiras, pois, ser mais do que os santos, nem ser mais bem tratada do que o teu Mestre, se não queres renunciar a ser Minha discípula. 

Também os pecadores levam a sua cruz; e com certeza mais pesada que a dos Meus servos; pois que é com impaciência e sem mérito algum que eles a sofrem. 

Ergue os olhos ao Calvário, e lá verás três cruzes: a Minha, que Eu mesmo quis, sem ter culpa alguma própria, levar por amor de ti; a do bom ladrão, que soube arrepender-se das suas culpas; e finalmente, a do mau ladrão, que viveu mal e que mal morreu, que viveu sofrendo, e continuará sofrendo indizíveis tormentos por toda a eternidade. Eu estava com ele na tribulação; tinha-Me ao seu lado; porém não quis aproveitar-se dos Meus merecimentos; e a sua impenitência tornou-lhe mais insuportáveis as suas dores. 

II. Eu te livrarei - É a esperança que adoça as amarguras da vida. A tua cruz é pesada; mas virá um dia em que te livrarei dela. Agora mesmo alguns momentos há, em que Eu te alivio, fazendo com que tu sintas algum tanto menos o seu peso. Aligeiram-te estas consolações, que às vezes misturo em teu penar; mas dia virá em que Eu te retirarei de todo, e então quererias tê-la levado com mais paciência e mais resignação. 

Muito padeceram, por meu amor, os meus mártires; mas os tormentos deles já acabaram. Se as tuas horas de sofrimento se te fazem longas e pesadas, muito mais pesadas se tornarão pela tua impaciência; e muito mais longa e pesada ainda será a eternidade para os condenados. Mas nesta vida mesmo, eu te livrarei da cruz sempre que isso convenha à tua salvação, e tu Me peças com confiança, com amor e com perseverança. 

III. Eu te glorificarei. - Se Me acompanhares no caminho do Calvário, levando a tua cruz com paciência, e melhor ainda com alegria, é assim que merecerás entrar no Meu santo Reino. 

Aqui trabalhas, e lá descansarás; aqui sofres privações como peregrino, lá gozarás como quem já está na sua pátria; não tendo mal algum a evitar, terás a desfrutar um bem imenso; aqui pelejas contra o inimigo, lá reinarás sem ter inimigos. 

O prêmio com que Eu, no céu, galardoarei os seus trabalhos, é um bem interminável, sem mescla do menor mal. Por pequenas cruzes, terás grande recompensa; por sofrimentos passageiros, terás eterno gozo. 

É tão sem medida este gozo que te espera, que não poderás deixar de exclamar, ao entrar de posse dele: Gratuitamente me dais todo este gozo, Senhor; não mereciam tanto os meus pequenos sofrimentos. Oh! quem nunca houvera fugido da cruz! Agora conhece com quanta sabedoria os santos costumavam procurá-la.

A alma. - Iluminai, Senhor, o meu entendimento, para que conheça os bens que o padecer encerra; inflamai a minha vontade para não repelir as cruzes que Vós vos dignais impor-me; e dai-me graça copiosa para levá-las não só com resignação e constância, mas até mesmo, Senhor, com gozo e com alegria. Assim seja! 

(100 dias de indulgência, por cada vez que se ler esta meditação, concedidos pelos Em.mo e Rev.mo   Cardeal D. Americo, Bispo do Porto, texto retirado do livro Maria falando ao Coração das Donzelas por Abade A. Bayle, 1917)
 

Fonte: A grande guerra



domingo, 24 de janeiro de 2016

A Humildade - Por Santo Afonso de Ligório


Segui o exemplo de Sta. Catarina de Senna. Quando era tentada de vanglória, humilhava-se; e quando acometida de desânimo, confiava em Deus, pelo que o demônio lhe disse um dia com raiva: “Maldita tu e maldito quem te ensinou esse meio de me vencer. Não sei mais como te apanhar”. — Assim, pois, quando o inimigo vos disser que para vós não há perigo de cair, tremei, pensando que, se Deus vos deixa um instante, estais perdidas. Quando fordes tentadas de desânimo, dizei com Davi: Senhor, pus em vós todas as minhas esperanças, confio que não serei confundida, privada da vossa graça e feita escrava do inferno.

Considerai-vos como o maior pecador que existe na face da terra. As almas verdadeiramente humildes são mais esclarecidas da luz celeste, e como conhecem melhor as perfeições de Deus, também vêem melhor as suas misérias e os seus pecados. Dai vem que os santos, cuja vida era tão exemplar e tão diferente da dos mundanos, se diziam, não por exagero, mas com verdadeira convicção, os maiores pecadores do mundo. — Assim se julgava S. Francisco de Assis. — S. Tomas de Vilanova era continuamente assaltado de temor, pensando, dizia ele, nas contas que havia de dar a Deus pela sua má vida. — Sta. Gertrudes considerava um milagre não se abrir a terra debaixo de seus pés, para engoli-la por causa de seus pecados. — S. Paulo eremita derramava lágrimas, dizendo: “Ai de mim pecador, que não mereço ter sequer o nome de monge”. — O bem-aventurado padre Mestre Ávila refere a este propósito que uma pessoa de grande virtude, tendo rogado a Deus lhe fizesse ver qual era o estado de sua alma, obteve a graça pedida e a viu tão disforme e abominável, embora só tivesse cometido pecados veniais, que exclamou: Senhor, por misericórdia, tirai-me de diante dos olhos essa figura monstruosa.

Guardai-vos, pois, de vos preferir a quem quer que seja. Basta um julgar-se melhor do que os outros, para se tornar o pior de todos, assegura Trithemio. Assim também basta que alguém creia ter grandes merecimentos para perder os que tem e não ter mais nenhum. O principal merecimento da humildade consiste em crer um sinceramente que não tem nenhum direito adquirido e que não merece senão afrontas e castigos.

Os dons e graças que Deus vos tem concedido não serviriam senão para vos fazerem condenar com maior rigor no dia do juízo, se abusásseis desses dons, elevando-vos acima dos outros. Mas não basta não vos antepordes à nenhuma; é preciso, como já ficou dito, considerar-vos a última e a mais indigna de todos os vossos irmãos. E porque? Primeiramente, porque conheceis sem dúvida os muitos pecados que tendes cometido, e ignorais os pecados dos outros; e, ao contrário, sabeis que nada possuis, e não conheceis muitas virtudes ocultas. Além disso considerai que, com as luzes e graças que o Senhor vos prodigalizou, já devíeis ser um santo. Oh! se Deus houvesse dado tantas graças a um infiel, talvez fosse já um serafim; e vós ainda estais tão atrasado e tão cheio a imperfeições e defeitos! 

O Espírito Santo nos dá esse aviso: Há alguns que se fazem de humildes, só serem tidos e louvados por humildes e para não serem repreendidos e humilhados. — Mas, diz S. Bernardo, procurar louvores das humilhações não é humildade, porém destruição da humildade; porque, deste modo, a mesma virtude torna-se uma fonte de soberba. 

Na teoria, dizia S. Vicente de Paulo, a humildade tem uma boa aparência, mas na prática é horrenda, porque a verdadeira humildade consiste em amar as objeções e desprezos. Pelo que notou S. João Clímaco, que, para ser humilde não basta dizer que se é mau, mas também é preciso alegrar-se de ser tido por tal pelos outros e de ser por isso desprezado. Eis as suas palavras: “É bom que tu digas mal de ti, mas é melhor que, quando ouvires dizer isto por outrem, tu o confirmes, não te ressentindo, e até alegrando-te com isso. — Antes já o escrevera S. Gregório: “O verdadeiro humilde confessa-se pecador, e quando lhe censuram as faltas, não as nega mas reconhece”.
Enfim, S. Bernardo exprime o mesmo pensamento nestes termos: O verdadeiro humilde não pretende ser louvado por humilde, mas quer ser tido por vil, defeituoso e desprezível e se compraz de se ver humilhado e tido na conta em que se estima. Dai vem que a humilhação o torna mais humilde, diz o mesmo Santo doutor: Muda a humilhação em humildade.

Santo Afonso de Ligório no livro A Verdadeira Esposa de Cristo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A devoção dos 5 primeiros sábados


*ARTIGO EDITADO PELO BLOG

Lucia, escolhida por Nossa Senhora em Fátima, pergunta a Santíssima Virgem: ''Por que cinco primeiros sábados?''

(...) minha filha , o motivo é simples: são 5 as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria”
 As blasfêmias contra a Imaculada Conceição.
 Contra sua Virgindade;
 Contra a maternidade divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-la como Mãe dos Homens;
 Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe.
5° Os que A ultrajam diretamente nas Suas sagradas imagens. “Eis, minha filha o motivo pelo qual o Imaculado coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação”

...

Ato de desagravo aos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria


Uma breve explicação dos cinco primeiros sábados


Devemos ou não atender ao pedido do Coração ferido de Nossa Senhora?

No dia 10 de dezembro de 1925, nossa caríssima Mãe Maria, quando apareceu a Lúcia, a única sobrevivente d'aqueles que viram Nossa Senhora em Fátima, disse estas palavras cheia de angústia:

"Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos, que os homens ingratos em todos os momentos Me cravam, com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, empenha-te em Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5 meses no primeiro sábado:

1. Fizerem a sua confissão, recebendo a Sagrada Comunhão;
2. Rezarem um terço;
3. Me fizerem companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário;
4. Com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas."



NOTA DO BLOG VIRTUDES DA MOÇA CATÓLICA: DEVE SER FEITA A  CONFISSÃO PARA ESTAR LIVRE DE PECADO MORTAL NA HORA DE RECEBER A SAGRADA EUCARISTIA, POR ISSO NÃO É RECOMENDADO SE CONFESSAR UMA SEMANA ANTES DO PRIMEIRO SÁBADO.

Por quê cinco?



Quando a Irmã Lúcia, em oração, pergunta a Nosso Senhor o porque dos Cinco Sábados, Ele respondeu:


"Minha filha, o motivo é simples: são 5 as espécies de ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria:



1. As blasfémias contra a Imaculada Conceição;

2. Contra a Sua Virgindade;

3. Contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;

4. Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;

5. Os que A ultrajaram diretamente nas Suas sagradas imagens.


Eis, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação; e em atenção a ela, mover a Minha misericórdia ao perdão..."



Contudo, a devoção ao Imaculado Coração de Maria, é uma das quais foi dito nas aparições de Fátima, que Deus deseja que esta devoção seja estabelecida e que deve significar o princípio de um culto maior ao mesmo Coração; e que este culto deve significar: o pôr o Coração da Mãe ao lado do Coração de Seu Filho.

Não parece que palavras tão significantes e cheias de sentido tenham sido ditas sobre outra devoção!

FONTE: CATÓLICOS TRADICIONAIS

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Descendo a ribanceira

DESTAQUE

É universalmente aceito que todas as operações contábeis devem ser passíveis de auditagem.

Espanta, pois, que, em matéria de suma gravidade – nada menos do que uma eleição presidencial! —, não haja meio de conferir a contagem dos sufrágios. Ainda hoje se debate sobre isso, de forma acalorada, no Brasil.


Algo ‘sui generis’: Aécio passou ao largo de assunto tão decisivo. Ora, não lhe cabia, precisamente, enquanto contendor resoluto, elucidar a questão?



*** * ***






Raphael de la Trinité



O suspeito mecanismo das urnas brasileiras e outras flagrantes irregularidades... 


Será que caminhamos para o infausto destino da Venezuela?

Entre nós, positivamente, não foi visto (como a imprensa brasileira largamente difundiu acerca do país-irmão) nenhum caminhão despejando votos em terrenos baldios e incinerando cédulas eleitorais. No entanto, também aqui, avolumam-se suspeitas, denúncias de ‘compra’ de votos e escândalos afins. 

Denúncias quase diárias, nessa direção, juntamente com outras gravíssimas acusações de utilização da máquina pública em favor da candidatura oficial — nada disso, ao que consta, foi objeto de imparcial e comprovada investigação. Aliás, nem haveria espaço para fazer referência a tantos episódios.

Colhido inteiramente a esmo, segue este:

http://sociedademilitar.com.br/index.php/forcas-armadas/1470-suspeita-de-fraude-gigantesca-em-comicio-de-dilma-ong-que-levou-99-onibus-ja-recebeu-580-milhoes-do-governo-dilma.html

Por outro lado, haverá, de fato, como acreditar piamente na veracidade desses números eleitorais, recém-divulgados?

É universalmente aceito que todas as operações contábeis devem ser passíveis de auditagem.

Espanta, pois, que, em matéria de suma gravidade – nada menos do que uma eleição presidencial! —, não haja meio de conferir a contagem dos sufrágios. Ainda hoje se debate sobre isso, de forma acalorada, no Brasil.

Algo ‘sui generis’: Aécio passou ao largo de assunto tão decisivo. Ora, não lhe cabia, precisamente, enquanto contendor resoluto, elucidar a questão?

Caso tivesse havido, nestas eleições, candidatura de oposição definida e consistente, a esta importava um dever precípuo: explícita e publicamente, pôr tudo em ‘pratos limpos’

Especialistas do mundo inteiro, como é sabido, pronunciam-se em sentido desfavorável à confiabilidade de nossas urnas. Realmente, o elenco de estudos a respeito não caberia aqui.

http://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/112550662/grupo-hacker-diz-que-urnas-eletronicas-do-brasil-sao-propositalmente-falhas-e-acusa-vulnerabilidades



Inapetência e ‘desconforto’ do opositor

Contudo, desde o início — não é preciso ser Argos para discernir isso —, Aécio parecia ter entrado na disputa para não vencer. Somente quando a reação contra o PT subiu de ponto, o político mineiro tomou ares de quem, levando o embate a sério, arregaçaria as mangas, parecendo disposto a realmente enfrentar o embate. 

Provém daí uma observação prenhe de significado: muitos há que não conseguem desfazer a desagradável impressão de um confronto mias fictício que real.

Com efeito, num pleito de tal envergadura, seria esse o modo de proceder de quem ansiava denodadamente triunfar? Quem, podendo desde logo dar xeque-mate no oponente, prefere não fazê-lo, permitindo que o debate eleitoral se desvie de seu foco central, resvalando para questiúnculas e casuísticas?

Aécio dispunha de fartos elementos para conduzir o debate nos termos em que pleiteava a Nação. No entanto, quando fez tais incursões em matérias graves, agiu de maneira pífia e quase furtiva. Esse desastroso recurso tático terá sido apenas conduzido em nome do novo deus moloch, isto é, do ‘politicamente correto’? A Nação brasileira deseja saber.

É voz corrente que o público anti-petista (pelo menos metade do Brasil, ao que se crê) não ambicionava outra coisa do candidato que enfeixava os seus mais legítimos anseios. Em suma, clareza, vigor e eficácia.

Esse imenso contingente de brasileiros — em plena orfandade, ao longo de todo o período eleitoral — não sabe agora em direção mover-se. 


Verdadeiramente, é de pasmar a situação.

Sintetizando, a conduta bem pouco aguerrida e coerente de Aécio não foi nem um pouco aquilo que a 'sanior pars' do povo brasileiro tinha direito de esperar de tarimbado político.

A que se deveu isso?



*** * ***

 


Irmãos siameses – PSDB-PT

É triste, mas indispensável recordar: não constitui nenhuma surpresa esse rejeitável conúbio PSDB-PT.

Em 2005, o impeachment do Lula já era divisado no horizonte. No entanto, FHC não quis levar adiante a iniciativa, alegando que prejudicaria o Brasil.


Sobrevém, então, a inevitável pergunta: nestes nove anos, quantos ‘prejuízos’, em todos os terrenos (espiritual, cultural, político, econômico), a ‘nomenklatura’ petista não terá ensejado à nossa pátria?

Aliás, FHC e Lula, desde há muito, figuram como ‘companheiros de viagem’.

'Tranquilos, o Lula não é nenhum ferrabrás’. Passou-lhe, então, o bastão de comando da nação.

Igualmente Sarney, pela mesma época, não hesitou em afirmar: ‘O Brasil PRECISA passar pelo gargalo do PT’.

Cumpre indagar de onde terá partido essa brumosa e catastrófica ‘necessidade’.

Em rápidas pinceladas, eis a imagem de um país que vai degringolando, em múltiplas esferas, num deslizar constante para o abismo.



*** * ***


‘De mil soldados não teme a espada quem pugna à sombra da Imaculada’ (antigo hino das Congregações Marianas)


Causa assombro ver a indiferença nas ruas, ao menos de São Paulo, capital, após o anúncio dos resultados oficiais por parte do TSE. 

Haverá como negar a forte impressão de que o resultado não logrou convencer a muitos?

Consultar a história nunca será expediente vão. Embora toda comparação claudique, um episódio decisivo da Revolução Francesa nos vem à mente: a morte de Luiz XVI, em 21 de janeiro de 1793, e o que se lhe seguiu no comportamento público.

A esse propósito, vale registrar um comentário, posto a lume pelo célebre historiador Weiss, sobre a atitude dos franceses, nos dias subsequentes à morte do Rei, guilhotinado pelos revolucionários. 

Observa Weiss que, durante um ou dois dias, as pessoas mal se encaravam, pois cada qual tinha vergonha de fixar o olhar na face do outro, reconhecendo-se todos mais ou menos cúmplices na consumação de um enorme delito.

Que pensar dessa lição da história?

Nossa Senhora Aparecida jamais deixará de estender o Seu Manto protetor sobre os nossos compatriotas que não desertam da luta por um Brasil cristão.

Festa de Cristo-Rei

FONTE: CORE CATHOLICA

As 15 orações de Santa Brígida


(REVELADAS POR JESUS À SANTA BRIGIDA NA GREJA DE SÃO PAULO EM ROMA) 

*Nota do blog: Recomendamos que rezem junto com os 15 Pai Nossos, o Santo Rosário.


         Estas orações foram APROVADAS pelo PAPA PIO IX em 31/05/1862, que as reconheceu como autênticas e de grande proveito para as almas.


         AS PROMESSAS DE JESUS:

         Como já há muito tempo Santa Brígida desejasse saber o número de golpes que JESUS levara durante a Sua dolorosíssima Paixão. Um dia enquanto rezava na Igreja de são Paulo em Roma apareceu-lhe o amoroso, misericordioso e fiel SENHOR dizendo:

         “Recebi em todo o Meu Corpo 5.480 golpes. Se desejardes honrar as chagas que eles ME produziram, mediante uma veneração particular, deveis recitar 15 Pai Nossos, e 15 Ave Marias, acrescentando as seguintes orações, durante um ano inteiro; quando o ano terminar, tereis prestado homenagem a cada uma das Minhas Chagas. Quem recitar estas orações durante um ano inteiro conseguirá livrar do Purgatório 15 almas de sua família, 15 justos também de sua linhagem serão conservados em graça e 15 pecadores de sua família serão convertidos”.
         A pessoa que as recitar será elevada ao mais eminente grau de perfeição e 15 dias antes da sua morte EU lhe darei meu Precioso Corpo, para que ela seja livre da fome eterna. EU lhe darei também de beber o Meu Precioso Sangue, afim de que não padeça sede eternamente e 15 dias antes da morte ela experimentará uma profunda contrição de todos os seus pecados e um perfeito conhecimento deles. Diante dela colocarei o sinal da Minha Cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes dos seus inimigos.
         Antes da sua morte, EU virei em companhia de Minha muito cara e bem amada Mãe, para receber a sua alma e conduzi-la às alegrias eternas. E tendo-a levado até lá, EU lhe darei a beber um trago singular da fonte da Minha Divindade, o que não farei, absolutamente, a outros que não tenham recitado as Minhas Orações.
         Aquele que disser estas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos. Sim, eles serão estáveis e durarão perpetuamente.
         No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas essas Orações DEUS estará também presente com Suas Graças”.
         Todos esses privilégios foram prometidos a Santa Brígida por Nosso Senhor Crucificado com a condição de que as orações fossem recitadas diariamente. São, igualmente, prometidas a todos os que as recitarem, devotamente, durante um ano inteiro.

PERGUNTA : É necessário recitá-las sem interrupção?

RESPOSTA : Faltar o menos possível. Todavia devemos recuperá-las, se por força maior não as pudermos rezar em um dia. Devemos recitá-las 365 vezes dentro de um ano, com devoção, esforçando-nos para penetrar no sentido profundo das palavras que vamos pronunciando.

1. É bom rezar sempre a intenção antes de cada oração;

2. Não precisa ler este cabeçalho com as promessas de JESUS todos os dias;

3. As intenções citadas para cada uma das orações, são opcionais.

 
AS ORAÇÕES

         Sinal da Cruz - Oração: Vinde ESPÍRITO SANTO...!

            1ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS CRISTO, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa todo entendimento e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até o ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles. Lembrai-Vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante da Vossa Conceição e sobretudo durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-Vos Senhor, que, celebrando a Ceia com os Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e, consolando-os docemente lhes predissestes a Vossa Paixão iminente.
         Lembrai-Vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa Alma como o testemunhastes Vós mesmo por estas palavras: “a Minha Alma está triste até a morte”. Lembrai-Vos, Senhor, dos temores, angustias e dores que suportastes em Vosso Corpo delicado, antes do suplício da Cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramado um suor de Sangue, fostes traído por Judas Vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juizes, na flor da Vossa juventude e no tempo solene da Páscoa. Lembrai-Vos que fostes despojado de Vossas vestes e revestido com as vestes da irrisão, que Vos velaram os olhos e a face, que Vos deram bofetadas, que Vos coroaram de espinhos, que Vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes. Em memória destas penas e dores que suportastes antes da Vossa Paixão sobre a Cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!
            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         2ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS CRISTO, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-Vos do peso acabrunhador de tristezas que suportastes, quando Vossos inimigos, quais leões furiosos, Vos cercaram e, por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios Vos atormentaram a porfia.
Em consideração destes insultos e destes tormentos, eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis libertar-me dos meus inimigos, visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o Vosso auxílio a perfeição da salvação eterna. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         3ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS, Criador do Céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o Vosso poder, lembrai-Vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na Cruz Vossas Sagradas mãos e Vossos pés tão delicados, transpassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não Vos encontrando no estado em que teriam desejado, para dar largas a sua cólera, dilataram as Vossas Chagas, exacerbando assim as Vossas dores. Depois, por uma crueldade inaudita, Vos estenderam sobre a Cruz e Vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os Vossos membros. Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na Cruz, com tanta santidade e mansidão, que Vos digneis conceder-me o Vosso Temor e o Vosso Amor. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         4ª ORAÇÃO:  

         Ó JESUS, médico celeste, que fostes elevado na Cruz afim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada a Vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos e, entretanto esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso PAI, pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-LHE: “PAI, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”. Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

            5ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS, espelho do esplendor eterno. Lembrai-Vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando a luz da Vossa Divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da Vossa santa paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos, que deveriam ser condenados por causa de seus pecados e lastimastes, amargamente, a sorte destes infelizes pecadores, perdidos e desesperados. Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão dizendo-lhe: “Hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso”, eu Vos suplico ó Doce Jesus, que na hora da minha morte useis de misericórdia para comigo. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         6ª. ORAÇÃO:  

         Ó JESUS, Rei amável e de todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado e levantado na Cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com exceção de Vossa mãe bem amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de Vós na agonia, lembrai-Vos que os entregastes um ao outro dizendo: “Mulher eis ai o teu filho”! e a João: “Eis ai a tua Mãe!” Eu vos suplico, ó meu Salvador, pela espada de dor que então transpassou a alma de Vossa Santa Mãe, que tenhais compaixão de mim, em todas as minhas angustias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que Vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         7ª ORAÇÃO:  

         Ó JESUS, fonte inexaurível de piedade, que por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz: “Tenho sede!”, mas sede de salvação do gênero humano. Eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender a perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         8ª ORAÇÃO:  
         Ó JESUS, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a Cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o Vosso Corpo e Vosso Preciosíssimo Sangue, durante toda a minha vida e, na hora da minha morte afim de que sirvam de remédio e de consolo para minha alma. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         9ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS, virtude real, alegria do espírito, lembrai-Vos da dor que suportastes, quando, mergulhado na amargura, ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por Vosso PAI dizendo: “Meu DEUS, Meu DEUS, porque Me abandonastes?” Por esta angustia eu Vos suplico ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         10ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-Vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça. Em consideração da extensão das Vossas Chagas, ensinai-me a guardar os Vossos Mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos estes que são caminhos espaçoso e agradável para aqueles que Vos amam. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         11ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-Vos, em memória de Vossas Chagas, que penetraram até a medula dos vossos ossos e atingiram até as vossas entranhas, que vos digneis afastar esse(a) pobre pecador(a) do lodaçal de ofensas em que está submerso(a) conduzindo- o(a) para longe do pecado. Suplico-Vos também, esconder-me de Vossa Face irritada, ocultando-me dentro de Vossas Chagas, até que a Vossa cólera e a Vossa justa indignação tenham passado. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         12ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-Vos dos inumeráveis ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela púrpura do Vosso Sangue adorável. Ó quão grande e universal foi a dor que sofrestes em Vossa Carne virginal por nosso amor! Ó Dulcíssimo JESUS, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito? Eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com o Vosso Precioso Sangue, todas as Vossas chagas em meu coração, afim de que eu relembre, sem cessar, as Vossas Dores e o Vosso Amor. Que pela fiel lembrança da Vossa Paixão, o fruto dos Vossos Sofrimentos seja renovado em mim, cada dia mais, até que eu me encontre, finalmente, Convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Ó Dulcíssimo JESUS, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         13ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS, fortíssimo Leão, Rei imortal e invencível, lembrai-Vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do Coração como do Corpo e inclinastes a cabeça dizendo: “Tudo está consumado!” Por esta angústia e por esta dor, eu Vos suplico, Senhor JESUS, que tenhais piedade de mim, quando soar a minha última hora e minha alma estiver amargurada e o meu espírito cheio de aflição. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         14ª ORAÇÃO: 

         Ó JESUS, Filho Único do PAI, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-Vos da humilde recomendação que LHE dirigistes dizendo: “Meu PAI, em Vossas Mãos entrego o Meu Espírito!” Depois expirastes, estando Vosso Corpo despedaçado, Vosso Coração transpassado e as entranhas da Vossa Misericórdia abertas para nos resgatar. Por esta preciosa morte eu Vos suplico, ó Rei dos Santos, que me deis força e me socorrais, para resistir ao demônio, a carne a ao sangue, afim de que, estando morto(a) para o mundo, eu possa viver somente para Vós. Na hora da morte, recebei, eu Vos peço, minha alma peregrina e exilada que retorna para Vós. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         15ª ORAÇÃO: 

        Ó JESUS, vide verdadeira e fecunda, lembrai-Vos da abundante efusão de Sangue, que tão generosamente derramastes de Vosso Sagrado Corpo, assim como a uva é triturada no lagar. Do Vosso lado aberto pela lança de um dos soldados, jorraram Sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer. E, enfim, como um ramalhete de mirra elevado na Cruz, Vossa Carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de Vossas entranhas e secou a medula dos Vossos ossos. Por esta tão amarga Paixão e pela efusão de Vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó Bom JESUS, que recebais minha alma quando eu estiver na agonia. Assim seja!

            Pai Nosso... e Ave Maria ...

         ORAÇÃO FINAL:
         Ó doce JESUS, vulnerai o meu coração, afim de que lágrimas de arrependimento, de compunção e de amor, noite e dia me sirvam de alimento. Convertei-me inteiramente a Vós. Que o meu coração Vos sirva de perpétua habitação; Que a minha conduta vos seja agradável e que o fim da minha vida seja de tal modo edificante que eu possa ser admitido no Vosso Paraíso, onde, com os vossos Santos, hei de vos louvar para sempre. Assim seja!

         CONSAGRAÇÃO DIÁRIA À NOSSA SENHORA:

         Ó Santa Mãe Dolorosa de DEUS, ó Virgem Dulcíssima, eu Vos ofereço o meu coração afim de que o conserveis intacto como o Vosso Coração Imaculado.
Eu Vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e de bondade, de pureza e verdade.
         Eu Vos ofereço a minha vontade, para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de DEUS.
         Eu vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angustias, minhas tribulações e minhas lágrimas, no meu presente e meu futuro, para serem apresentadas por Vós ao Vosso Divino FILHO, para purificação da minha vida.
         Mãe Compassiva, eu me refugio em Vosso Coração Imaculado, para acalmar as dolorosas palpitações de minhas tentações, de minha aridez, de minha indiferença e das minha negligencias.
Escutai-me ó Mãe, guiai-me, sustentai-me e defendei-me, contra todos os perigos da alma e do corpo, agora e por toda a eternidade. Assim seja!


MENSAGEM DE SANTA BRÍGIDA À J.N.S.R, em Dozulé

Nota: Esta Mensagem foi ditada no dia 23 de Julho de 1990, festa de Santa Brígida que diz:

SANTA BRÍGIDA:

Coração adorável de Nosso Senhor Jesus Cristo, Coração cheio de Amor e de Compaixão que contemplei toda a minha vida, garantindo-me a Sua doce União com a minha pobre Alma que O procurava dia e noite.
Meu Deus, tende Piedade daqueles que lutam no desespero da solidão e do abandono, dai-lhes a Coragem de continuar a viver para Vós, nesta Terra, para depois Vos reencontrarem na Felicidade eterna, em que vivemos juntamente com os Anjos e todo o Povo dos Santos.
Ó MEU DEUS, que Felicidade, pertencer ao Vosso Sagrado Coração, inteiramente para Vós, envoltos neste Amor como uma criancinha mergulhada no seio de sua mãe, formando UM SÓ todo com o Vosso Amor. Ó MEU DEUS, como é doce rejubilar nesta Felicidade sem fim!

FONTE: ÚLTIMAS E DERRADEIRAS GRAÇAS